sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Lugares Proibidos....
Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já.
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava.
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já.
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor, eu finjo que não esperava....
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já.
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava.
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já.
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor, eu finjo que não esperava....
Eu não poderia terminar esse ano sem lembrar você da nossa canção...aquela que ouço todos os dias,RELIGIOSAMENTE.....
...Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar...
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar...
Você foi o melhor ou talvez o único motivo bom que já me aconteceu esse ano...eu não tenho palavras para expressar o que sinto por você nesse momento EU TE AMO MEU AMOR...
E espero seu beijo essa noite...ou melhor te espero mais uma noite assim como todas as outras noites...longas e vazias sem você...
domingo, 26 de dezembro de 2010
Medo do amor...
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Ausência...a sua ausência...
É fácil falar de espera
quando não é você que está do outro lado da linha
enquanto não é sua caixa de correios que lota de cartas
e não é sua casa que tem paredes de sobra
quando não é você que está do outro lado da linha
enquanto não é sua caixa de correios que lota de cartas
e não é sua casa que tem paredes de sobra
É simples não se preocupar com o tempo
quando não é o seu corpo que acumula ausências
enquanto não é sua boca que guarda beijos para depois
e não é a sua pele que se perfuma para ninguém
quando não é o seu corpo que acumula ausências
enquanto não é sua boca que guarda beijos para depois
e não é a sua pele que se perfuma para ninguém
Seria lindo e ótimo poder observar e
aconselhar que é importante esperar, aguardar
mas agora não dá mais...
aconselhar que é importante esperar, aguardar
mas agora não dá mais...
Bob Marley
Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém.
Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.
Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa.
Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia.
Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.
Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando.
Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você.
É, estou amando.
Meu dia-dia é mais tranquilo até o momento em que minha cabeça me leva até você. Minha cabeça me trai, o coração aperta, a atenção esvanece o frio na barriga... Com tantos sintomas a saudade até parece doença, mas sei que a cura é a sua presença...
" Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres.
Se voltarem é porque as conquistei
Se não voltarem é porque nunca as tive . "
Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.
Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa.
Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia.
Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.
Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando.
Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você.
É, estou amando.
Meu dia-dia é mais tranquilo até o momento em que minha cabeça me leva até você. Minha cabeça me trai, o coração aperta, a atenção esvanece o frio na barriga... Com tantos sintomas a saudade até parece doença, mas sei que a cura é a sua presença...
" Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres.
Se voltarem é porque as conquistei
Se não voltarem é porque nunca as tive . "
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
O tempo passa...
A vida tem esse costume irritante de ser sempre complicada. São as curvas, as reviravoltas, as meias palavras ou as frases inteiras. A vida é tudo o que você tem, é a sua necessidade primordial, e ao mesmo tempo é a vida que tira tudo o que você pensa erradamente que tem. Como eu vivo? Vivo erraticamente, vivo sem rumo, vivo tentando encontrar um caminho, vivo tentando encontrar o que eu sou.Às vezes eu sinto medo. Tenho muito medo da vida. Ela pede muito de mim, toma muito de mim. Ela me apresenta milhares de coisas que eu não sei como lidar. Eu queria poder voltar no tempo, queria poder voltar a me esconder debaixo da cama quando sinto medo, gostaria de poder voltar a chorar quando tudo decide dar errado.
A vida também um costume muito chato de te dar opções, e você não sabe qual delas escolher. Queria que a vida tivesse a opção extra: todas as alternativas anteriores. Assim eu não teria que quebrar a cabeça escolhendo uma delas. Mas não, geralmente a opção extra que se tem é: nenhuma das alternativas anteriores. Quer saber por quê? Porque você demora tanto a chegar a uma conclusão que no fim das contas num há mais o que escolher.
Tem tantas coisas aí fora pra nos assustar. Sou ainda uma menina, e tenho que descobrir o meu lugar no mundo. É difícil ter que descobrir isso agora, já. Quero poder voltar a puxar a saia da minha mãe e perguntar o que significa essa ou aquela palavra. Quero poder me jogar no colo do meu pai e me preocupar apenas com se vou ou não ganhar um doce.
Meu pedido hoje é voltar a acreditar em super heróis. Quero que eles me livrem de todo mal. Quero acreditar que alguém pode voar, que pode queimar um prédio apenas com os olhos. Quero acreditar que a lei da gravidade se perdeu lá atrás, e esquecer completamente que a aceleração da gravidade é de 10m/s² e que isso provavelmente vai cair nas minhas provas.
Ao mesmo tempo eu quero poder amadurecer. Na verdade eu queria pular essa fase esquisita em que eu não consigo escolher entre ser criança e ser adulta. Estranho não é? Em alguns momentos sou o exemplo de maturidade enquanto em outros sou a pessoa mais infantil que já existiu. Sou um mistério, uma contradição, sou um ponto sem rumo que está a todo tempo viajando para o futuro e se perdendo no passado. E o presente mesmo que é bom fica esquecido num canto escuro.
Talvez eu tenha a Síndrome de Peter Pan, talvez eu simplesmente tenha um medo excruciante de crescer. E quem sabe ser adulta não seja tão ruim. Será que eu vou poder brincar? Será que vou ter mesmo tanta responsabilidade? Posso morar pra sempre com os meus pais? Ok. Sem pânico. Posso decidir se quero crescer só amanhã? Não, claro que não. Vai ser menos um dia pra estudar pro vestibular.
Ora, já chega. Tenho mesmo que aproveitar enquanto minha inconseqüência não me largou, enquanto minha criancice está aqui, tenho que me divertir com o que ainda está presente em mim. Porque eu infelizmente sei que aos poucos a maturidade está se enraizando em mim, e quando ela tomar tudo ao menos eu poderei dizer que aproveitei todas as fases da vida.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Boba de Amor...
Boba de amor,
e eu não sei no que você acredita
quando me atrapalho nas palavras
só porque sua presença me intimida
Tenho tanta vontade de viver de novo
fico ansiosa pelo próximo dia, e o próximo
para te ver de novo e reparar seus cabelos crescendo,
tua pele sendo marcada levemente pelos anos
e me apaixono da forma que o tempo passa por você
Eu posso me apegar a outras coisas,
mas você criou um mundo em minha cabeça
e enquanto eu penso qualquer coisa para que te esqueça
o mínimo que me distraio, um deslize só,
posso imaginar sua voz dizendo meu nome
e de repente posso me sentir
a pessoa mais amada no mundo
e não porque eu mereça,
mas porque você me escolheu
no teu amor....
....E quando acho que não posso mais nada
você aparece e me faz acreditar que se você ainda está comigo ainda posso quase tudo...
O impossível carinho
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!
(Manuel Bandeira)
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!
(Manuel Bandeira)
sábado, 18 de dezembro de 2010
Mais uma canção - Los Hermanos
Como eu sei?
Eu só sei
Tudo vai permanecer igual
Afinal
Não há nada a fazer
Eu não nego
Eu me entrego
Você é meu grande amor
Hoje eu vou te dizer "eu te amo”
Eu imploro
Eu te adoro
Você tem meu coração
A bater pra você mais uma canção
Como pode alguém perder você
Como eu fiz
Como eu quis não te ter?
Vivo iludido
A acreditar que o amor
Não se pôs em você
Eu me entrego
Eu não nego
Eu errei, mas sou capaz
de fazer sua vida melhor
Tô voltando
Não sei quando
Pra roubar teu coração
Vou chegar no final de mais uma canção.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Desapego X Apego
Desapego... que exercício difícil para nós ainda presos ao ego humano... o apego é uma das maiores ilusões da vida terrena... apegar-se a que? A quem? Apegar-se para que? Se tudo é transitório, se tudo é passageiro...
O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas por nada.
O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.
O sofrimento do apego se inicia aqui, na Terra, quando presos aos mayas* acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante... Claro que a prosperidade é um direito do ser, é estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse...
Alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2003... nós aprendemos na Luz e na sombra... temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.
Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...
Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...
E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido!
Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços carmáticos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor! Mas temos que compreender que para atingirmos o Desapego e o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria dos Mestres.
Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados.
Na minha própria experiência de vida e na minha experiência profissional já tive a abençoada oportunidade de perceber esta distorção.
Na minha mente vêm, neste momento, dois ou três casos recentes que ilustram esta situação e vou citar um deles para que, através de uma profunda reflexão, sirva-nos como um aprendizado, porque a humanidade é interligada e um influencia o outro; o aprendizado de um altera o todo.
A Maria e o João foram casados por quase 20 anos. O João se apaixonou pela Joana e foi embora em busca da sua felicidade, real ou ilusória, não importa aqui. Isto já faz dez anos... O João foi embora mas continuou iludindo a Maria. Não permitia que ela se desprendesse dele. Visitava-a constantemente, a presenteava sempre, escrevia cartas dizendo da sua ligação com ela, que não conseguia esquecê-la, mas que não tinha forças para deixar a Joana pois ela era tão frágil... tão necessitada dele... e que a Maria sim, era forte, e como ele a admirava por isso e que a Maria poderia compreender e esperar que ele resolvesse a situação... e que tentaria resolver o mais breve possível e em algumas vezes até deixava transparecer que seu desespero era tão grande que poderia até se suicidar e que a Joana era tão dependente que se ele a deixasse provavelmente ela seria capaz de fazer uma loucura e o que seria dele? E a consciência e responsabilidade dele? Nunca mais se perdoaria. A Joana era tão depressiva... até tomava vários medicamentos... e a Maria nisso tudo? Um verdadeiro exemplo de desapego... negou a própria vida, parou de lutar por suas metas, escondeu-se atrás destas migalhas ilusórias e ficou aguardando esperançosa o retorno do João; ficou adiando ser feliz por todos esses anos... Quando o João retornasse como seriam novamente felizes!
Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo. Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós.
O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro.
Estejamos atentos aos mayas... aos autoboicotes... às migalhas que acreditamos merecer...
Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.
Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona.
Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!
* Mayas (do sânscrito): "Ilusão".
O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas por nada.
O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.
O sofrimento do apego se inicia aqui, na Terra, quando presos aos mayas* acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante... Claro que a prosperidade é um direito do ser, é estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse...
Alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2003... nós aprendemos na Luz e na sombra... temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.
Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...
Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...
E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido!
Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços carmáticos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor! Mas temos que compreender que para atingirmos o Desapego e o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria dos Mestres.
Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados.
Na minha própria experiência de vida e na minha experiência profissional já tive a abençoada oportunidade de perceber esta distorção.
Na minha mente vêm, neste momento, dois ou três casos recentes que ilustram esta situação e vou citar um deles para que, através de uma profunda reflexão, sirva-nos como um aprendizado, porque a humanidade é interligada e um influencia o outro; o aprendizado de um altera o todo.
A Maria e o João foram casados por quase 20 anos. O João se apaixonou pela Joana e foi embora em busca da sua felicidade, real ou ilusória, não importa aqui. Isto já faz dez anos... O João foi embora mas continuou iludindo a Maria. Não permitia que ela se desprendesse dele. Visitava-a constantemente, a presenteava sempre, escrevia cartas dizendo da sua ligação com ela, que não conseguia esquecê-la, mas que não tinha forças para deixar a Joana pois ela era tão frágil... tão necessitada dele... e que a Maria sim, era forte, e como ele a admirava por isso e que a Maria poderia compreender e esperar que ele resolvesse a situação... e que tentaria resolver o mais breve possível e em algumas vezes até deixava transparecer que seu desespero era tão grande que poderia até se suicidar e que a Joana era tão dependente que se ele a deixasse provavelmente ela seria capaz de fazer uma loucura e o que seria dele? E a consciência e responsabilidade dele? Nunca mais se perdoaria. A Joana era tão depressiva... até tomava vários medicamentos... e a Maria nisso tudo? Um verdadeiro exemplo de desapego... negou a própria vida, parou de lutar por suas metas, escondeu-se atrás destas migalhas ilusórias e ficou aguardando esperançosa o retorno do João; ficou adiando ser feliz por todos esses anos... Quando o João retornasse como seriam novamente felizes!
Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo. Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós.
O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro.
Estejamos atentos aos mayas... aos autoboicotes... às migalhas que acreditamos merecer...
Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.
Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona.
Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!
* Mayas (do sânscrito): "Ilusão".
domingo, 12 de dezembro de 2010
In-di-fe-ren-ça...
Como machuca a indiferença das pessoas que amamos ou consideramos. Como dói perceber o desprezo que acompanha uma atitude de indiferença: é como se a pessoa estivesse nos dizendo que não está nem aí por nós. O melhor meio de sentir a força desta palavra é definir o que ela significa. Vejamos o que diz o Aurélio: "desdém, desprezo, desconsideração, apatia, insensibilidade". É a maneira mais sutil e educada de se desprezar alguém.O fator que mais acentua a presença desta deficiência nas pessoas é a falta de amor e a convicção de que, de um modo ou de outro, a pessoa desprezada é inferior e não merece a sua consideração. É mais fraca, ou é mais despreparada, ou é menos inteligente, ou é mais feia, ou menos experiente, ou menos rica e por aí vai. Ou seja, não há um indiferente sequer que não considere a sua vítima inferior a ele, neste ou naquele sentido. Sua capacidade de julgamento é avariada pelo seu próprio egocentrismo, que lhe diz: se sou superior, ele é inferior.
Por tudo isso o indiferente não consegue ver o sofrimento alheio, nem tampouco duvida da sua própria falsa superioridade e nem desconfia da sua falta de solidariedade e nem da sua falta de consideração. No relacionamento com pessoas que considera do seu nível, ou seja, inteligentes ou bonitas, ou preparadas, ou tão ricas como ele, ou tão bem posicionadas socialmente como ele, consegue não ser indiferente e manter um bom relacionamento e fazer amigos
Certamente um dos maiores pecados da humanidade. Mesmo sabendo no que iria dar, curiosamente fui buscar seu significado no dicionário Aurélio e o que li foi mais catastrófico: Desprezo. Desdém. Desinteresse. Conheço um amigo chegado que luta pelo seu casamento, e diz aos prantos que o mais difícil é lidar com a indiferença de sua esposa que busca a própria “felicidade”. Também tem a história do pai que sofre para que o filho volte para casa. Ele ainda lembra de sua última frase: – Você não tem nada com minha vida.
A indiferença tem vários parceiros de opressão. Dentre os quais podemos citar o hedonismo, o egoísmo e a coqueluche do momento: A felicidade própria. Eu não sei pra que serve felicidade se não for para doar, a não ser que alguém sonhe ficar o resto da vida beijando-se e dizendo eu me amo. Bem, tem louco pra tudo! Eu sei dizer que a indiferença tem feito casais apaixonados tornarem-se indivíduos transtornados. Ela tem feito dos lares uma cópia onírica e grotesca da realidade. Ai mestre, bem que o Senhor estava certo quando disse que nos finais dos tempos a amor iria esfriar.
A contrapartida da indiferença é o amor. Eu não falo aqui de sentimentos enamorados, mas da decisão de compreender alguém diferente de você e tomar atitudes capazes de tornar a vida desta pessoa melhor, mesmo que isso em alguns momentos me faça mal. Altruísta? Mas é exatamente assim que o amor deve ser. Como diz Victor Frankl ”a salvação do homem é através do amor e no amor”. O amor é a única coisa que salva o ser humano da amargura, da solidão, da tristeza, e claro, da indiferença. Talvez seja por isso que as escrituras dizem que Deus é amor. Ele é o único que poderia ter decidido nos amar incondicionalmente do que somos. Paulo diz que devemos amar tanto as pessoas de modo que sempre nos sintamos devedores do ato de amar.
Sua indiferença...
Você não me disse uma palavra;
Segui-te com o meu olhar... Mas você não percebeu minha presença; e me feriu profundamente com “sua indiferença”;
E perdida dentro da noite com imagens suas, vi apenas o seu rosto refletindo aquele brilho indiferente que apagara o meu sorriso que por instantes te contemplava;
Sua indiferença penetrou em minha alma;
E quase sem querer deixei escapar uma lágrima, talvez você a tenha visto, mas não a tenha percebido e avaliado assim toda a minha tristeza por sua total indiferença;
Por um momento eu tentei gritar e apenas dizer o que eu estava sentindo;
Não sei se foi por inocência, mas você não notou minha existência... E eu fiquei ali parada observando cada detalhe;
Procurando entender o seu silêncio, tentando entender essa sua indiferença que agora multiplica ainda mais minha carência... Por simplesmente não ser especial para você...
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Canção na Plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada",
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada",
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
TE CONHECER ANTES...
Queria ter lhe conhecido antes
Muito antes...
Para que nenhum de nós dois tivesse
Medos ou cicatrizes...
Queria ter estado com você
Quando seu coração descobriu
O que era AMOR
Quando seu corpo descobriu
O que era DESEJO
E antes que pudesse sofrer
Eu estaria do seu lado
Amando-lhe
Entregando-me
E juntos poder ter aprendido
As lições da vida e do coração...
Queria ter lhe conhecido muito antes
Quando suas esperanças
Começaram a nascer...
Quando seus sonhos ainda eram puros
E seus ideais ainda ingênuos...
Pena termos nos encontrado só agora
Já com o coração viciado
Em outros amores
Com uma imagem meio falsa
Do que é felicidade
Do que é entregar-se...
Queria ter lhe encontrado antes
Muito antes
Numa nova vida
Num outro tempo
Em que não precisássemos
Temer o nosso futuro
Nem nossos sentimentos...
Muito antes...
Para que nenhum de nós dois tivesse
Medos ou cicatrizes...
Queria ter estado com você
Quando seu coração descobriu
O que era AMOR
Quando seu corpo descobriu
O que era DESEJO
E antes que pudesse sofrer
Eu estaria do seu lado
Amando-lhe
Entregando-me
E juntos poder ter aprendido
As lições da vida e do coração...
Queria ter lhe conhecido muito antes
Quando suas esperanças
Começaram a nascer...
Quando seus sonhos ainda eram puros
E seus ideais ainda ingênuos...
Pena termos nos encontrado só agora
Já com o coração viciado
Em outros amores
Com uma imagem meio falsa
Do que é felicidade
Do que é entregar-se...
Queria ter lhe encontrado antes
Muito antes
Numa nova vida
Num outro tempo
Em que não precisássemos
Temer o nosso futuro
Nem nossos sentimentos...
sábado, 4 de dezembro de 2010
PRATICANDO O DESAPEGO...
Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
(Vinicius de Moraes)
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
(Vinicius de Moraes)
Quando estou só, o amanhã parece tão distante.
E ainda assim devo seguir adiante na escuridão da madrugada.
Se eu tentar jogar limpo, sem dúvida irá dar errado,
E hoje à noite nada irá bem entre nós novamente.
Você não consegue ver meus árduos esforços, pois são apenas resultados
É que isso não faz sentido. De fato é uma corda bamba.
Mais esforço, mais dano – este é meu dia-a-dia
Tomar uma atitude cínica talvez me dê algum conforto…
Escondendo-me, raivoso e irritado, vivendo apenas um curto tempo.
Quando estou só, o amanhã parece tão distante.
E ainda assim devo seguir adiante na escuridão da madrugada.
Se eu libertar minhas emoções,
Meus sonhos mais uma vez não irão bem.
Acho que o balanço final da minha vida estáimperfeito.
Se eu somar todos os ganhos e perdas, o resultadorealmente será zero?
Quero controlar toda a minha sorte
Que poderá ser usada antes que minha vida acabe.
Eu não sei, você pode alterar a lógica, com sua vontade
Eu me machuco por sua causa, cada vez mais e mais;
Mas meu amor não foi embora, ele insistia em retornar.
A força que ganhei com meus estragos é inacreditável
Mas não serei capaz de dormir nada hoje à noite
Não importa quantas vezes isso se repete
Revive de novo e de novo, porque é amor
Você não pode culpar minha emoção
Porque você deveria saber que ela jamais desvanecerá
Quanto estou só, o amanhã parece tão distante
E ainda que eu esteja na escuridão da madrugada, eu devo ir.
Não me importo com “má afinidade”.
Mesmo que nosso amor não esteja indo bem, todavia, temos laços profundos
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